Na trajetória de sua evolução, o arco sofreu diversas transformações: das grandes curvaturas côncavas, passou por uma silhueta quase retilínea, até a incorporação da forma atual, convexa. Paralelamente à evolução dos instrumentos de cordas, em si, o arco, peça fundamental à sua execução, foi objeto de transformação equivalente. O grande violinista Giuseppe Tartini (1692-1770), ele próprio fundador de uma escola de violino, foi o principal idealizador do parafuso de ajuste do talão, que veio possibilitar o controle da tensão da crina - mecanismo introduzido por Tourte, pai de François. No passado, quando ainda não existia tal recurso, era com o dedo mínimo da mão direita que as cerda dos arcos do violones, por exemplo, eram puxadas para baixo, aumentando ou diminuindo-lhes a tensão. Por essa razão surgiu a maneira peculiar de empunhar o arco, por baixo do talão ( também conhecida por underhand ) , entre os instrumentos da família da Viola da Gamba, cuja adaptação para contrabaixo ficou conhecida como Bolonhesa , ou à Dragonetti. Essa modalidade foi adotada posterormente pelos alemães, razão pela qual, ironicamente, recebeu a denominação arco tedesco na própria Itália que lhe deu berço.
Foi na França, entretanto, que no final do século XVIII o grande archetier ou archetaio- fabricante de arcos em francês e italiano, respectivamente –François Tourte(1747-1835) fez uma modificação que revolucionou a técnica de todos os instrumentos de cordas: por volta de 1770 ele vergou a madeira do arco em sentido contrário, convexamente, com a barriga da curva em direção à crina. A vareta foi, assim, dotada de maior tensão e nervura, ou flexibilidade. Foi também o mesmo Tourte, originalmente um modesto relojoeiro, o responsável por experiências que levaram à escolha da madeira ideal, hoje universalmente utilizada: o Pau-brasil, também conhecido como pau-rosado ou pernambuco, duas de suas variedades- esta última, nome do estado brasileiro onde se supõe ter sido a madeira primeiramente encontrada.Tourte também fixou as dimensões ideais para o arco, que no violino variam entre 74 e 75 cm de comprimento, com o ponto de equilíbiro (fiel) a 19 cm do talão. É verdade que inúmeras tentativas de substituir o pau-brasil como material para a confecção de arcos já foram realizadas. Desde os ensaios com tubos ocos de aço por J. B.Vuillaume,até a moderna fibra de vidro, sabe-se que ainda não se encontrou o substituto à altura.
O que diferencia o arco Dragonetti daquele modelo adaptado do violino por Savart e Gand – o chamado arco francês do contrabaixo , além das características físicas de sua construção, é a maneira de empunhá-lo. Ao contrário do francês, sustentado como no violino (overhand) mas construído com talão de dimensões proporcionalmente maiores, o modelo Dragonetti( underhand) é empunhado por baixo, à maneira de seus antepassados da família das antigas Violas. Para ajustar as cerdas para baixo inicialmente utilizava-se como técnica o recurso do dedo mínimo da mão direita causando aumento e diminuição da tensão. Giuseppe Tartini, em meados de 1692 e 1770, foi o idealizador do parafuso de ajuste do talão, que possibilitou o controle da tensão da crina.
Entretanto, na França final do século XVIII, o grande Arshetur ou Arshetaio (fabricante de arcos franceses e italianos), François Tourte, fez uma modificação que revolucionou as técnicas de todos os instrumentos de corda. Por volta de 1770, ele envergou a madeira do arco em sentido contrário, convexamente com a barriga da curva em direção a crina. Foi assim que o arco foi dotado de maior tensão, nervura e flexibilidade, ele também foi responsável por experiências que levaram a escolha da madeira ideal, hoje mundialmente utilizada, o pau-brasil, conhecido como pau-rosado ou pernambuco. Também fixou as dimensões ideais para o arco, que variam entre 74 e 75 cm de comprimento, com ponto de equilíbrio fiel a 19 cm do talão, pesando entre 59 a 62 gramas, evitando assim, dores no punho e no braço, conhecida hoje como tendinite. Não se tem exatamente uma data de registro de quando o arco foi utilizado pela primeira vez na música, antes de Giuseppe Tartini (1692 – 1770).
SOLICITO QUE O PROFESSOR DESENVOLVA AS DIFERENÇAS ENTRE TAIS MODELOS, ENFATIZANDO SOBRETUDO VANTAGENS E DIFICULDADES DE CADA QUAL. NUNCA UTILIZEI O MODELO ALEMÃO, MAS ME PARECE DE MELHOR MANUSEIO QUE O FRANCÊS.
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