segunda-feira, 12 de março de 2012

Grand Duo Concertante para violino, contrabaixo e orquestra


   Bottesini era descendente de uma família de músicos e seu primeiro instrumento foi o violino. Em 1835, sabendo que o Conservatório de Milão abrira duas vagas, uma para fagote e outra para contrabaixo, opta pelo segundo, tornando-se um dos grandes expoentes deste instrumento no século XIX.
Após formar-se no conservatório em 1840, passa a integrar algumas orquestras italianas como instrumentista. Atuando também como regente, recebeu um convite para trabalhar como diretor da Ópera Italiana de Havana em Cuba, onde permaneceu por três anos. Ali escreveu sua primeira ópera, Cristoforo Colombo. Saindo de Havana, passou a realizar muitas turnês, assumiu diversos postos de diretor de orquestra, tanto nas Américas como na Europa.

   Paralelamente a esta atividade como regente, nunca descuidou de sua carreira como contrabaixista, dedicando-se também à parte pedagógica, sendo autor do importante Metodo per Contrabasso, publicado pela Casa Ricordi. Este método é dividido em duas partes, sendo a primeira dirigida aos instrumentistas de orquestra e a segunda, a quem desejasse seguir a carreira de solista.
   Entre os contrabaixistas, Bottesini é bastante conhecido por introduzir diversas inovações técnicas, entre elas a utilização de um arco mais longo e a empunhadura com a mão aberta, depois conhecida como arco francês (em contraposição ao arco alemão, no qual o músico segura o arco com a mão fechada). Outra inovação de Bottesini foi a afinação do instrumento um tom acima do usual, técnica utilizada até hoje para recitais e concursos. Também se credita a ele um conteúdo musical mais substancioso para o contrabaixo, transformando a maneira como este instrumento era visto, considerado até então de poucos recursos.
No que se refere à regência, Bottesini foi especialmente convidado para reger a estréia da ópera Aida, de  Verdi, na cidade do Cairo, Egito, em1870.

         O Gran Duo Concertante foi composto inicialmente para dois contrabaixos e orquestra em 1880 e transcrito em seguida por Camilo Sivori (aluno de Paganini) para violino e contrabaixo, existindo ainda outra versão para clarineta e contrabaixo.



Giovanni Bottesini, Grande Duo Concertante para Violino e Contrabaixo
Bin Chao, violino
Marc Ramirez, contrabaixo
Orquestra Gulbenkian
Pedro Neves, maestro

Live Recording
Teatro Municipal de Almada, Portugal
20 Janeiro 2012

Alberto Bocini "Nightmare after Strauss"


quinta-feira, 8 de março de 2012

José Siqueira e a Suíte Sertaneja para violoncelo e piano

 PDF: José Siqueira e a Suíte Sertaneja para violoncelo e piano sob a ...


     Este artigo apresenta uma análise da Suíte Sertaneja para violoncelo e piano de José
Siqueira (1907 – 1985) tomando por base o modelo tripartite de Nattiez –Molino e o sistema
trimodal do compositor. A análise semiológica no nivel imanente, poiético e estésico torna
possível ao intérprete uma visão mais ampla da obra e, partindo desta visão tripartite,
proporcionar uma performance embasada e consciente. O artigo se aterá à análise do
primeiro movimento: o baião. 
 
Biografia de José Siqueira

   Maestro, compositor e acadêmico brasileiro nascido em Conceição, no Vale do Piancó, alto sertão do Estado da Paraíba, regente e compositor reconhecido em nível internacional, de suma importância como educador, pelo papel de liderança que exerceu no meio musical de sua época e pela participação da criação de várias entidades de classe e culturais, tornando-se uma das grandes figuras da música brasileira no século XX.
   Filho de um mestre da banda Cordão Encarnado, em sua cidade natal, que lhe ensinou a tocar diversos instrumentos como saxofone e trompete. Durante sua juventude, atuou em bandas de música de várias cidades do interior da Paraíba. Foi para o Rio de Janeiro (1927), então capital da República, como integrante das tropas que tinham sido recrutadas para combater a Coluna Prestes e logo ingressou na Banda Sinfônica da Escola Militar, como trompetista. Estudou (1928-1930) composição com Francisco Braga e Walter Burle-Marx, no antigo Instituto Nacional de Música, e formou-se em Composição e Regência (1933) e iniciou sua brilhante carreira de compositor e regente no Brasil e no exterior, em grandes orquestras dos Estados Unidos, Canadá, França, Portugal, Itália, Holanda, Bélgica e Rússia, entre outros países.
  Regeu nos Estados Unidos grandes orquestras como a Sinfônica de Filadélfia, Detroit, Rochester. Na França regeu a Orchestre Radio-Symphonique, de Paris, e em Roma, a Sinfônica de Roma, entre outras. Foi professor da Escola de Música da Universidade do Brasil, hoje da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Fundou a Orquestra Sinfônica Brasileira (1940) e formou-se em Direito (1943). Viajou pelos EUA e Canadá e fundou a Orquestra Sinfônica do Rio de Janeiro(1949), fechada 2 anos depois. Quando esteve em Paris (1953) freqüentou o curso de musicologia da Sorbonne. Oficializou junto ao prefeito Miguel Arraes, a Orquestra Sinfônica do Recife, a mais antiga do país. Idealizou e criou a Ordem dos Músicos do Brasil, assumindo a sua Presidência (1960). Fundou a Orquestra Sinfônica Nacional (1961) e da Orquestra de Câmara do Brasil (1967).
   Figura incomparável do mundo cultural brasileiro, foi aposentado (1969) pela ditadura militar por ser defender o regime comunista. Proibido de lecionar, gravar e reger no Brasil, encontrou abrigo na extinta União Soviética, onde regeu a Orquestra Filarmônica de Moscou e participou como jurado de grandes concursos de música internacionais. Também foi em Moscou que boa parte de sua obra foi editorada e preservada enquanto que no Brasil o estúpido governo militar cuidava de alijá-lo da história.
Deve-se a ele ainda a criação da Orquestra de Câmara do Brasil, Sociedade Artística Internacional, o Clube do Disco e a Ordem dos Músicos do Brasil. Também publicou vários livros didáticos tais como Canto Dado em XIV Lições, Música para a Juventude, em quatro volumes, Sistema Trimodal Brasileiro, Curso de Instrumentação, entre outros.
   Faleceu aos 78 anos, na cidade do Rio de Janeiro, no dia 22 de abril de 1985, deixando uma vastíssima obra composta de óperas, cantatas, concertos, oratórios, sinfonias e até a música de câmara, para instrumentos solos e para voz. A cadeira nº 8 da Academia Brasileira de Música, fundada (1945) por Heitor Villa-Lobos, nos moldes da Academia Francesa, foi alocada para ele como co-fundador, depois que o efetivo da Academia se reduziu de 50 para 40 cadeiras.



sexta-feira, 2 de março de 2012

Truls Mørk - Seis Suítes para Cello de Bach



Sebastian lee - 40 estudos fáceis - opus 70

Sebastian Lee era o mais velho e mais distinguidos dos três irmãos musicais, nativos de Hamburgo, embora portadores de um nome Inglês.

Como a maioria dos virtuosos, Lee publicou muitas obras projetadas para explorar um poder virtuoso em seus instrumentos de variações, fantasias sobre temas operísticos, divertissements, etc Mais importante são seus numerosos compositons destinado para fins de ensino, muitos dos quais foram escritos principalmente para o uso do Conservatório de Paris. Seu método para violoncelo é um dos mais amplamente utilizado de todos os livros tal instrução.

violoncelo - método - sebastian lee - 40 estudos fáceis - opus 70.pdf
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